sexta-feira, 24 de julho de 2009

CIDADE MAIS FEIA



Estabelecimentos usam postes para fazer publicidade
Chega a ser curiosa a forma como diversos estabelecimentos comerciais, prestadores de serviço e autônomos em geral usam os postes das ruas de Taboão da Serra como ferramenta de publicidade. Basta um olhar mais atento pelas ruas da cidade para observar a prática. Tem churrascarias divulgando bailes, casas de shows anunciando eventos, desentupimento de fossas, vendas em geral e até promessas de empregos com altos rendimentos.
Um fato pra lá de curioso é que apesar desse tipo de propaganda ser irregular os locais que as utilizam costumam expor endereço, telefone de contato e até pontos de referência para facilitar a chegada dos interessados. O que, pelo menos na teoria, seria uma mão na roda para punir quem deixa a cidade mais feia e com o aspecto de suja.Foto: Sandra Pereira | Portal O TaboanensePanfletos colados em semáforo na praça Nicola Vivilechio
Apesar da facilidade para se localizar os infratores a fiscalização encontra dificuldade para coibir essa prática, uma vez que a grande maioria dos panfletos é de comerciantes de outras cidades. Neste caso, a única forma de impedir esse tipo de propaganda irregular é flagar os coladores, que geralemente fazem o serviço durante a madrugada. "Já pegamos várias vezes o pessoal colando essa propaganda em postes, muros e até semáforos, mas a gente leva pra delegacia e o cara é liberado, precisamos de uma lei que puna com mais rigor", disse um GCM que pediu para não ser identificado.
O uso da propaganda irregular se repete em todas os bairros da cidade. A prática comum, além de configurar poluição visual contribui para que as ruas da cidade fiquem sujas. Outro problema é a desordem que ela gera. Apesar disso, os taboanenses têm opiniões distintas quanto ao problema. Uns consideram que é a prática é abusiva, outros defendem a sua manutenção.
Colar panfletos em pontos de ônibus, telefones públicos, postes, e qualquer outro bem público é proibido por força de uma lei municipal. No entanto, poucos têm conhecimento da legislação que é comumente descumprida. Outro fator que acaba incentivando a prática é a falta de fiscalização. Cabe ao departamento de fiscalização da prefeitura coibir a prática, mas devido a pouca quantidade de fiscais somente quando ocorrem denuncias eles costumam agir.
Quem se sentir incomodado pelo problema deve acionar o departamento de fiscalização da prefeitura por meio do telefone: 4788-5300 e informar o local específico onde a propaganda irregular está sendo veiculada.
“Acredito que existem coisas mais importantes para se preocupar do que com isso”, desabafa Alessandra Caldas, acrescentando que a propaganda ajuda na manutenção de vários negócios de pequeno porte. “Uma empresa grande pode anunciar em jornais e televisão. As pequenas têm que ser criativas e partir para a propaganda direta”, avalia.
Quem também defende a prática é o vendedor Tiago Santos. Para ele a coibição desse tipo de prática se configura como perseguição. “Não vejo como um papel colado no poste ou ponto de ônibus pode prejudicar a cidade”, pondera.
Já para o universitário Rodrigo Borges a propaganda irregular torna a cidade suja, as ruas feias e com aspecto desorganizado. Ele defende a padronização da prática em função do bem comum e avalia que dessa forma todos ganhariam. “Há situações que não dá para contestar. Se continuar dessa forma somente a cidade tem a perder”, observa.

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