sexta-feira, 21 de junho de 2013

MANIFESTAÇÃO

Maior manifestação da história da região parou Régis Bittencourt por 5 horas

Atualizado em: 21/06/2013 | Sandra Pereira
dentro_2 Sandra PereiraManifestantes sentaram no meio da rodovia Régis Bittencourt várias vezes durante o protesto
A sexta-feira 21 de junho vai entrar na história dos municípios de Taboão, Embu e Itapecerica como o dia em que milhares de moradores foram às ruas protestar. A manifestação histórica deixou a rodovia Régis Bittencourt fechada por mais de quatro horas, causando congestionamentos gigantescos em ambos os sentidos. A BR foi fechada em Taboão da Serra, Embu das Artes e Juquitiba. Na cidade das águas o fechamento da rodovia durou poucos minutos, mas em Taboão e no Embu a Régis Bittencourt permaneceu fechada das 17 horas até pouco mais de 21 horas, transformando a volta para casa de quem trabalha em São Paulo num tremendo sacrifício. Em Taboão da Serra quase 2.500 pessoas participaram do ato. Embu das Artes reuniu mais de 4 mil. Itapecerica contou com a participação de pouco mais de 200 e Juquitiba reuniu quase 100 pessoas.
Em Taboão os jovens caminharam pelas duas pistas da BR. Sentaram em vários trechos, alguns deitaram em ambas as pistas por onde trafegavam centenas de milhares de veículos diariamente. Também houve os que preferiram ficar de pé ou sentar no muro que separa os lados da rodovia. Em Embu das Artes a manifestação já saiu gigante da frente da prefeitura. Percorreu várias ruas do centro e seguiu em direção a Régis Bittencourt. Gritando  palavras de ordem e pedindo a redução da tarifa de ônibus, além de mais  investimentos na saúde, educação e segurança, os quase 4 mil manifestantes de Embu das Artes pediram o fim da corrupção nas administrações públicas. Várias vezes durante o percurso os jovem cantaram o Hino Nacional.
Da sede da prefeitura de Embu das Artes os participantes seguiram para Taboão da Serra onde se reuniram a outro grupo que marchou até o shopping Taboão. Os atos ocorreram em clima de tranquilidade, apesar de em alguns momentos tensos onde manifestantes se estranhavam entre si. A polícia acompanhou os atos, mas não interferiu. 
Quando manifestações se iniciaram no final da tarde ninguém podia imaginar que tomariam dimensão tão ampla. Moradores de todas as idades atenderam ao chamado de ir às para protestar e como não consenso sobre as reivindicações do movimento cada um a seu modo protestava e pedia atenção à sua demanda. Em Taboão os manifestantes repetiram o que ocorreu em São Paulo e pediram a saída dos partidos. Se revezaram em críticas aos governos do PT e PSDB. Pediram a derrubada da PEC 37, que tira o poder de fiscalização do Ministério Público, cobraram mais investimentos em saúde, educação de qualidade, investimento no transporte público, redução de tarifa, o fim da corrupção, prisão para políticos que cometeram crimes até a saída de Marcos Feliciano da Comissão de Direitos. Os livre nomeados exonerados de Taboão levavam cartazes cobrando o pagamento ao prefeito. 
Os jovens atenderam com força e entusiasmo ao chamado de ir às ruas. De caras pintadas, vestidos com bandeiras do Brasil dezenas deles seguravam faixas e cartazes mostrando os sonhos que alimentam para o futuro. Os gritos de “vem pra rua vem”, “o povo unido jamais será vencido”, “Fifa paga minha tarifa”, “aqui não tem partido”, “sem violência”, “sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor”, “o gigante acordou”, eram ouvidos ao longe e emocionavam quem participava do ato ou apenas assistia. Por onde a manifestação passava arrancava aplausos e gritos e palavras de apoio de motoristas, pedestres,  funcionários de comércios ou quem estava na rua. Nas janelas dos prédios moradores piscavam luzes apoiando a mobilização. 
Cada um a seu modo os manifestantes justificavam a sua participação no ato deflagrado a partir das mobilizações na capital contra o aumento das passagens. “O nosso transporte é caro e de má qualidade. A gente paga para andar como sardinha”, reclamou Cristina Soares, 18 anos. Com o rosto pintado de verde e amarelo e um grupo de amigas não continha a satisfação de participar do ato. As meninas criticaram a tentativa de alguns integrantes de partidos políticos de tomar o movimento, não negaram a surpresa com o volume da manifestação e já dispuseram a participar de outras. “Vamos vir a todas que tiverem”.
O final da manifestação aconteceu após a união dos grupos de Taboão e Embu na Régis Bittencourt na altura do Shopping Taboão, quando boa parte dos manifestantes dispersou. Um grupo menor retornou pela BR ao centro de Taboão, de lá pouco mais de 100 pessoas tentaram se aproximar da casa do prefeito Fernando Fernandes e foi contido pela Guarda Civil Municipal antes de chegar à rua das Camélias.

GCMs TABOAO DA SERRA DOAM SANGUE

GCMs de Taboão doam sangue no 22º aniversário da corporação

Atualizado em: 20/06/2013 | Edimon Teixeira
gcm2 Edimon Teixeira O sangue doado atende às necessidades do município e de hospitais de outras regiões
O Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado na sexta-feira, 14, teve um sentido especial para dezenas de agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Taboão da Serra. A Secretaria de Segurança e Defesa Social realizou entre os dias 10 e 13 de junho a campanha “GCM Doando Vida”, com a adesão máxima da corporação.
Durante os 4 dias que fizeram parte da celebração dos 22 anos em operação da GCM, comemorados no último dia 10 de junho, os agentes passaram pelo  Hospital Geral de Pirajussara (HGP), onde  fora feito o recolhimento do material. A campanha tem atingido seus objetivos e registra também a adesão de familiares dos agentes.
“A iniciativa celebra este ato de solidariedade capaz de salvar e garantir a manutenção da vida de pessoas que necessitam de transfusões contínuas”, explicou o secretário de Segurança Gerson Pereira Brito, idealizador da campanha, em parceria com a Secretaria de Saúde do município, que viabilizou junto ao hospital a estrutura para o evento.
“Retiramos entre 400 e 450 ml por vez e todo o material utilizado é individual e reciclável”, explica Antônio César Mendes, médico coordenador do Posto de Coleta do HGP e responsável pela agência transfusional. De acordo com Mendes, parte do sangue recolhido atende a pacientes do hospital, o restante às demandas de outras regiões.
Para fazer a boa ação, os candidatos passam por cinco etapas: cadastro, triagem clínica (inclui teste de anemia, verificação da pressão arterial, batimentos cardíacos, peso, temperatura e questionário sobre sua saúde), voto de auto-exclusão (confirma ou não as informações prestadas), a doação propriamente dita e lanche pós- doação.
O sangue doado é testado para seis doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, HIV, HTLV (retrovírus da mesma família do HIV), Sífilis e doença de Chagas. Os resultados são enviados à casa do doador. Todo o processo de doação de sangue dura cerca de uma hora, sendo que a retirada do material é feita em 10 minutos.
Para que o trabalho operacional não fosse afetado, fora elaborada uma escala diferenciada, para que os interessados pudessem aderir à campanha sem afetar o plantão.  “Dividimos em turmas, cada uma com cerca de 20 agentes, em esquema de revezamento para que não houvesse impacto”, explicou o Comandante Leonel Vieira.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a doação de sangue vem crescendo entre a população brasileira. Atualmente, 3,6 milhões de pessoas (2% da população) têm o hábito de doar sangue. “Atitudes como esta da Guarda Municipal devem ser adotas por outros órgãos. Campanhas assim precisam ser feitas regularmente”, conclui Mendes.

SERVIÇO
As doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h30 e aos sábados das 7h às 12h30. 
O Hospital Geral de Pirajussara está localizado na Avenida Ibirama, 1.214, no Parque Industrial Daci, Taboão da Serra. Telefone (11)3583-9400.