| Por Nely Rossany, da Gazeta SP |
As cidades da Grande São Paulo têm sofrido no último semestre com um aumento crescente da violência. Algumas medidas de combate à violência têm sido anunciadas pelo Governo do Estado, mas são as prefeituras que acabam arcando com os prejuízos.
Um exemplo é a cidade de Embu das Artes que mesmo com diversas medidas de prevenção têm mantido os índices de homicídio. Entre as ações adotas pela Prefeitura no combate à criminalidade estão a ampliação do monitoramento por câmeras no centro expandido e também nos principais corredores da cidade, o aumento do efetivo da Guarda Municipal para 145 agentes, além da criação de bases comunitárias em bairros críticos.
Foto: Thiago Neme | Gazeta SP
Efetivo da Guarda Municipal em Embu aumentou para 88 e hoje soma 145 agentes
As mortes representam o índice máximo da violência, mas o seu registro pode não representar fielmente o que acontece nas cidades. A divisa com bairros periféricos de São Paulo faz com que cidades como Embu das Artes e Taboão da Serra acabem ‘pagando’ por crimes da capital. Muitas vezes, as mortes acontecem na Capital, mas são registradas nos outros municípios.
Alguns números no primeiro bimestre deste ano tiveram uma melhora significativa. Em Taboão da Serra, o número de homicídios diminuiu pela metade, foram 8 em 2012 e 4 em 2013. Em Embu das Artes foram 11 em 2012 e 12 em 2013.
Chico Brito acredita em medidas conjuntas
Como presidente do Conisud, consórcio que reúne oito municípios da região, o prefeito de Embu das Artes, Chico Brito acredita que ações conjuntas podem ajudar a diminuir a violência nas cidades. Segundo a Prefeitura, desde 2001, quando a cidade chegou a registrar indice alto de homicídios no ano, foram tomadas medidas como a criação das Leis Seca e do Silêncio, instalação de câmeras de monitoramento, aumento do efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM), iluminação de pontos críticos, além de bases comunitárias nos bairros.
A proposta do Conisud para a segurança regional é reforçar as divisas com a Capital através de monitoramento por câmeras e outras ações como incentivar as prefeituras a criar leis para inibir crimes em decorrência de consumo de bebida e brigas. Além disso, a construção de um Centro de Formação de GCM’s para toda a região. Segundo dados do consórcio, as cidades do Conisud têm juntas um efetivo de 1000 guardas e a Polícia Militar tem cerca de 500.
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